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Transformação digital nas cidades inteligentes

14 out 2020 Artigos, Institucional, Tecnologia de Segurança

Fillipi Malaquias Barros, gerente de infraestrutura da Avantia Tecnologia e Segurança

Cidades Inteligentes e modernas são uma tendência irrefutável e, neste sentido, se mostram como única alternativa para o ordenamento ao crescimento absurdo provocado pela urbanização em tempos de transformação digital.


Em matéria apresentada no “The Economist”, baseada em dados apresentados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é apontado que a humanidade é atualmente predominante em áreas urbanas, com mais de 56% das pessoas vivendo nas grandes cidades. O estudo ainda aponta que até o ano de 2050, nove bilhões de habitantes viverão no planeta e deste número, quase 70% habitarão centros urbanos, o que demonstra a velocidade da urbanização global.

Na temática acima, observando os desafios apresentados nestes cenários, a urbanização acelerada aponta um alto consumo de recursos, como energia elétrica, emissões de gases de efeito estufa, poluição, recursos econômicos, água potável e outros meios naturais. No entanto, casos de sucesso na gestão dos problemas mencionados já são observados em cidades que apostaram em uma transformação digital, convertendo-se em cidades inteligentes, que por ventura investiram no uso da tecnologia e em aplicações baseadas no uso de “big data” e metadados.

Considerando o estudo anual Connected Smart Cities (CSCM), elaborado pela Urban Systems, consultoria de mercado e planejamento urbano, que utiliza metodologia global permitindo a comparação de diferentes cidades para a classificação das Smart Cities, observa-se a relevância na análise das dimensões de economia, educação, empreendedorismo, governança, meio ambiente, mobilidade, saúde, tecnologia, urbanismo e segurança.

Um outro estudo interessante publicado por Hans Neubert, líder global de criação de experiências digitais pela Gensler, maior empresa global de arquitetura, design e planejamento, descreve algumas estratégias que podem ser implementadas para garantir que cidades inteligentes beneficiem a população. São: a redução de 15 a 30 minutos por dia no tempo de deslocamento com a implementação de estacionamentos e sinais de trânsito inteligentes; redução de doenças de 8 a 15% aumentando as habilidades de telemedicina ao fornecer informações em tempo real sobre a qualidade do ar; redução de índices de criminalidade de 30 a 40% por meio do mapeamento em tempo real do crime e estratégias preditivas de policiamento e redução de emissões de 10 a 15% com automação predial e preços dinâmicos da eletricidade.

Nos grandes centros urbanos os respectivos governos, na tentativa de controlar a urbanização acelerada, dedicam-se ao uso cada vez mais maciço de sistemas interconectados com uso de inteligência artificial, algorítimos de deeplearning embarcados, metadados e outra infinidade de aplicações que tem dado espaço aos projetos como a medição de temperatura em pessoas, detecção de aglomeração e contagem, análise de tendências, reconhecimento facial e de características (roupas, gênero, idade, altura, etc…). Esses dados são convergidos em aplicações de saúde e segurança pública, projetos de mobilidade urbana inteligente com controle de transporte público (posicionamento), tráfego e monitoramento de usuários, aplicações para identificação de veículos com análise de metadados como cor, modelo e placa, possibilitando a identificação de pessoas e automóveis em questões de segundos.

A “digitalização” das cidades tem tido efeito cada dia mais presente nas metrópoles brasileiras e, a exemplo de uma tendência global, desencadeou uma “corrida” de preparação entre as empresas provedoras de tecnologias, ressaltando que os grandes fabricantes mundiais de soluções encontram neste mercado um atrativo nicho. Com isso, mesmo em um cenário mundial de pandemia gigantes como a Dahua Technology, Hikivision e Huawei, da área de segurança e comunicação, têm investido milhões de dólares e continuado em curva ascendente no mundo todo e, especialmente no Brasil. Essa movimentação tem impulsionado à integradores de segurança eletrônica e demais empresas do mercado encontrar na crise uma oportunidade de crescimento.

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