fbpx

O que é preciso para garantir a segurança em Shopping Centers?

21 jun 2022 Áudio e Vídeo, Experiência do Cliente, Security Talks, Varejo, WeSafer

Saiba quais tecnologias favorecem a proteção do patrimônio e das pessoas.

Overview of two young elegant brokers discussing terms of contract or news while moving inside trade cener

         Pense em um lugar com um fluxo de 50 mil pessoas por dia. Que lugar é esse? Uma cidade pequena, um grande bairro? Bem, nesse caso, estamos falando de um shopping center. Esse é o fluxo médio diário de um shopping center grande em nosso país.

 De acordo com dados da ABRASCE (Associação Brasileira de Shoppings Centers), o Brasil hoje tem 620 shoppings centers, totalizando cerca de 17 milhões de área, 3000 salas de cinema, mais de 1 milhão de vagas de estacionamento e cerca de 112 mil lojas. São mais de R$ 159 bilhões de faturamento (dados do ano de 2021) e 1 milhão de empregos diretos.

Esse universo privado, mas de utilização pública, tem uma média de 397 milhões de visitantes ao mês, contando com protocolos específicos para sua operação. Como garantir a segurança do público nesse ambiente? Como fazer a gestão de acessos e o monitoramento de um shopping? Quais medidas proporcionam a melhor experiência aos consumidores?

A resposta para essas perguntas é o trabalho conjunto entre recursos humanos e tecnológicos. Foi isso que Nelson Junior, gestor de segurança do Shopping Eldorado, Bruno Becker, gestor de segurança do Grupo Iguatemi, e Cláudio Cecílio, gestor de segurança de um grande shopping de São Paulo,  expuseram em conversa durante uma recente edição do Security Talks.

 Equipes bem treinadas e o uso da tecnologia são os principais aliados da segurança de shoppings centers, seja na área de circulação interna, nas lojas ou no entorno. E com a pandemia, essa aliança se mostrou ainda mais importante. “Hoje não tem como falar em segurança no segmento de shoppings sem falar em tecnologia”, destacou Nelson Junior. Ele lembrou ainda da situação inimaginável que todos os gestores de segurança viveram em março de 2020, quando todos os todos os shoppings do Brasil tiveram que fechar e rever seus protocolos de segurança. “O risco da segurança aumentou bastante com a pandemia, e o trabalho também. Cada gestor teve que refazer seu plano de segurança, mantendo a qualidade e reduzindo custos. Isso exigiu muita capacidade de adaptação”, ressaltou Nelson.

Um shopping center hoje é sinônimo de conforto e segurança, seja nos momentos de entretenimento, compras ou até para trabalhar e resolver questões do dia a dia. “Para que os consumidores se sintam assim, são necessários investimentos contínuos na infraestrutura e na segurança. O nosso shopping, por exemplo, criou um departamento de inovação durante a pandemia”, finalizou Junior.

Bruno Becker destacou que a tecnologia no setor da segurança trabalha fornecendo indicadores objetivos e quantitativos, dando amparo para a tomada de decisão com base em dados. “Situações comocontrole de fluxo de pessoas, seja para contagem de acessos ou evitar aglomerações, precisaram de ajuda de analíticos de vídeo para entregar a eficácia necessária que os protocolos sanitários exigiam. No início da crise sanitária tivemos que nos adaptar e muita coisa precisou ser desenvolvida, mas hoje isso continua facilitando o nosso trabalho”, ressaltou Becker. Ele disse ainda que a tecnologia não só otimiza, mas também economiza recursos.

Além de auxiliar o trabalho das equipes de segurança, mensurando e entregando informações sobre pontos críticos, Claudio Cecílio fala sobre a amplitude que um bom sistema de videomonitoramento, com analíticos específicos, pode atingir. “Os analíticos auxiliam também as equipes do comercial e marketing, mostrando os melhores pontos de venda, onde tem mais fluxo ou onde as pessoas mais param. Não há dúvidas que esse tipo de recurso veio pra ficar e vai entregar cada vez mais informações”, destaca Cecílio.

Uma notícia recente sobre um assalto, localizado em uma área tradicional da cidade de São Paulo, onde uma joalheria foi alvo de um grupo armado, trouxe à tona novamente a questão da segurança preventiva e como mitigar as chances de ocorrências desse tipo, especialmente em ambientes nos quais as pessoas andam tranquilas e despreocupadas.

Muitas inovações tecnológicas já têm contribuído para a segurança em ambientes como esse e têm auxiliado a evitar episódios como o assalto no Shopping Ibirapuera e, consequentemente, a melhorar a experiência dos consumidores. De modo geral, sistemas de monitoramento com inteligência artificial permitem a automação de tarefas, economizando esforço e tempo das equipes de trabalho, além de otimizar os processos. Alguns exemplos de possíveis aplicações são:

  • Identificação de objetos abandonados em ambientes de alta circulação, como forma de prevenir o risco de bombas;
  •  Detecção em tempo real de sons incoerentes com o ambiente, como tiros, explosões ou vidros quebrados, permitindo mais organização em caso de evacuação;
  • Emissão de alertas para comportamentos suspeitos, como alguém parado muito tempo no mesmo local ou cruzando determinadas áreas do shopping;
  •  Reconhecimento de placas de veículos, podendo verificar veículos roubados e emitir alertas para a equipe de segurança. Esse tipo de sistema também permite a criação de blacklists, para veículos que representam perigo, e whitelists, para beneficiar determinados frequentadores;
  • Reconhecimento facial: embora tenham ficado inicialmente prejudicados com o uso de máscaras, os algoritmos foram atualizados para ter mais acurácia e para que pudessem entender o novo cenário de limitadores. Atualmente, os sistemas de videomonitoramento inteligentes já são capazes de fazer o reconhecimento facial, mesmo quando uma pessoa está usando máscara;
  • As câmeras de monitoramento com inteligência artificial também podem acompanhar o comportamento do cliente, tanto dentro das lojas quanto nas áreas comuns, assim como analisar a frequência de visitas e o tempo que cada consumidor permanece no local;
  • A Internet das Coisas (IoT), integrada à Inteligência Artificial, permite, além de segurança, o monitoramento da temperatura do ambiente  por meio de sensores, controlando a temperatura interna de um determinado estabelecimento, oferecendo um clima mais agradável para a permanência dos clientes.

É importante lembrar que todo o trabalho de videomonitoramento, seja em Shoppings Centers ou outros ambientes comerciais e corporativos, precisa, além de garantir a segurança de seus consumidores, operar à luz da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. A Legislação Brasileira já garantia ao cidadão o direito de privacidade e a LGPD, que entrou em vigor em setembro de 2020 tornou esses direitos mais claros e eficientes. Há inclusive, punições previstas às empresas em caso de descumprimento.

 Tanto os shoppings quanto seus fornecedores precisam adotar processos sérios para a finalidade do videomonitoramento, seja no tratamento e arquivamento com rigoroso controle de acesso dos dados coletados em CFTVs, impedindo o vazamento dos mesmos ou a invasão aos bancos de dados.

A parceria e o bom relacionamento com os setores de segurança pública também são fundamentais, permitindo a troca de informações, seja sobre ocorrências ou protocolos de atendimento e cooperação, garantido a segurança do patrimônio e das pessoas.

Investir em tecnologia é hoje a melhor forma para economizar e gerar valor no varejo, evitando perdas imensuráveis. Vamos conversar!

Assine nossa newsletter

EnglishPortugueseSpanish